Opinião

60 anos da morte de Kennedy

Por João Neutzling Jr.
Economista, Bacharel em direito, Mestre em Educação, Doutorando em Sociologia, Auditor Estadual, Professor e pesquisador
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Perseguida pela Receita Federal (IRS) e demais autoridades judiciárias na década de 1950, a máfia americana controlava cassinos, hotéis, etc. principalmente em Las Vegas. Logo, direciona seus negócios para a ilha de Cuba governada pelo ditador corrupto Fulgêncio Batista (1901-1973). Grandes hotéis, resorts, cassinos são construídos na ilha com recursos de empresários americanos ligados à máfia. Havana se torna o cabaré dos EUA. Em Cuba é verão o ano inteiro, isso atrai jogadores e turistas americanos em busca de praia, sol, prostituição e diversão.

Em 01/01/1959 ocorre a Revolução Cubana. Fidel Castro derruba o governo ditatorial de Batista e assume o poder com ajuda de Che Guevara.

Os empresários americanos foram expropriados de seus bens e acabaram perdendo todo o investimento. A campanha eleitoral para a próxima eleição já estava em andamento. A máfia pediu ajuda dos dois candidatos: Kennedy e Nixon.

Kennedy, favorito, recebeu dinheiro e apoio da máfia para intervir em Cuba e reaver os bens dos empresários americanos. Eleito, assumiu em janeiro/1961. Fidel Castro acabou se aproximando da União Soviética (URSS) e teve apoio de Nikita Krushev, premier soviético.

Para derrubar o governo de Fidel Castro em abril de 1961, um grupo paramilitar de exilados cubanos anticastristas, treinado e dirigido pela CIA, tentou invadir a ilha. A URSS interveio em prol de Castro e Krushev ameaçou intervir e usar armas atômicas.

Kennedy hesita e decide não autorizar o uso da aviação militar do EUA em apoio dos guerrilheiros. Sem apoio aéreo dos EUA eles foram uma presa fácil e logo derrotados.

A pressão da URSS impediu a invasão. Entre os perdedores: Benjamin Siegel, Meyer Lanski, Santo Trafficante Jr., gangster americano representante da Camorra napolitana nos EUA e atuante na Flórida, Vito Genovese além do famoso Lucky Luciano (o Capo di tutti capi).

Kennedy recebeu apoio da máfia para a eleição e não ajudou-a quando podia. Seus dias estavam contados.

Em Dallas, Texas, 22 de novembro, foi assassinado aos 58 anos. Um bode expiatório, Lee Harvey Oswald, foi logo preso e acusado do crime e em seguida assassinado por Jacob Rubinstein, mafioso local.

A comissão Warren do governo (que investigou o crime) insistiu na ideia de que Oswald agiu sozinho. Mas na verdade, os tiros foram disparados pela frente e pelas costas de Kennedy, ou seja, havia dois atiradores.

O primeiro tiro veio por trás de Kennedy e o tiro fatal veio de frente jogando a cabeça do presidente para trás fazendo aquela explosão de sangue e pedaços do cérebro, isso contraria a versão da comissão Warren que foi apenas um atirador.

Anos depois, Sam Giancana, famoso mafioso, estava sendo processado pela justiça e se prontificou a testemunhar contando tudo o que sabia sobre a morte de Kennedy em troca de redução de sua pena, não conseguiu, pois foi executado em 1975 por um pistoleiro desconhecido.

Com o rifle Carcano modelo M91, supostamente usado por Oswald, era impossível alguém fazer todos os disparos com aquela arma no tempo cronometrado, a arma era descarte de cartucho e carga por modo manual, tudo isso testado levou mais tempo que os tiros disparados. Logo ficou comprovado que havia dois atiradores.

Kennedy era um pacifista, não desejava o envolvimento americano no Vietnam, não deseja que outros países tivessem armas nucleares e era a favor dos direitos civis da população negra. Seu idealismo político não salvou sua vida.

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